Candidato a vice-prefeito em São Bento, Rafinha Banana foi alvo de operação da Polícia Federal

Mandados

A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira uma operação que visa reprimir a captação de sufrágio (conhecido como compra de votos) e aliciamento violento de eleitores (o voto de cabresto atual) no município de São Bento, no Sertão da Paraíba.

Entre os alvos está o candidato a vice-prefeito Rafinha Banana (Republicanos) na chapa de Marcos Davi (PP). Ele foi alvo de busca e apreensão.

A PF informou que nesta fase da investigação, os policiais cumpriram 22 mandados de busca e apreensão, todos na cidade de São Bento, expedidos pelo MM. Juízo da 69ª Zona Eleitoral, Dr. Rusio Lima de Melo.

policia federal 2

Nas buscas, 2 pessoas foram presas em flagrante por posse de arma de fogo de uso restrito, tendo sido apreendidas várias armas, de diversos calibres, desde uma metralhadora .40 até pistolas 9mm, .380 e revólveres. Também foram apreendidos aparelhos celulares e diversos documentos que tem ligação com a investigação.

Através de controle de território, os investigados estariam exercendo influência no pleito eleitoral, praticando as condutas de constituição de associação criminosa, uso de violência para coagir o voto e outros que restarem comprovados.

Todos os detidos e material apreendido foram levados para a delegacia da Polícia Federal em Patos para as providências.

A investigação conduzida pela PF no âmbito da Operação Coactum apura a suspeita de abuso de poder econômico por parte do candidato a vice-prefeito de São Bento pelo Republicanos, Rafinha Banana, nas eleições deste ano. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, uma metralhadora foi apreendida.

De acordo com o relatório que tivemos acesso, as primeiras diligências realizadas no processo apontam que o grupo político de Rafinha estaria constrangendo eleitores “através de grave ameaça, com uso de arma de fogo, afim de obter votos para si, bem como estaria fornecendo dinheiro a eleitores”.

“O poderio econômico do candidato estaria o permitindo realizar distribuição de dinheiro em espécie, na cidade de São Bento, com a manifesta intenção de realizar a compra de votos e tanto ele, quanto pessoas que são ligadas, estariam trafegando armados pela cidade, com o intuito de constranger eleitores, para a manifesta finalidade de obtenção de votos, conforme fotografias e videos anexados à representação, onde supostamente aparecem amigos, parentes e apoiadores do investigado, conforme quatro nomes de pessoas mencionados na representação”, diz a Polícia Federal.

Em manifestação encaminhada à Justiça Eleitoral, a PF também, apontou um caso em que aliado de Rafinha Banana estava fazendo campanha portando arma de fogo e, que, apesar do registro na condição de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador), o revólver não poderia ser usado em locais com aglomeração, nem com consumo de bebidas alcóolicas.

Ainda segundo a PF, o candidato a vice-prefeito trata-se de “um empresário bem-sucedido no ramo de empresa de apostas, em sociedade com terceira pessoa, contudo, teria havido a cisão da sociedade, por questões financeiras, ficando cada um com uma empresa própria. Ainda, o representado, já teria sido destaque na imprensa local, em 2022, por ganhar mais de doze milhões de reais em apostas no ramo da política. Agora, em 2024, estaria apostando um prédio de dois pisos e 600m2 na vitória da oposição”.

Ao autorizar os mandados de busca e apreensão, a 69ª Zona Eleitoral de São Bento disse que a medida se fazia necessária para “ser confirmado com o resultado exitoso das buscas e outros elementos probatórios que demonstrem o real envolvimento de todos nos crimes referidos”.

Rafinha se pronunciou nas redes sociais, acusou adversários políticos pela ação desta quinta e afirmou que nada de problema com sua pessoa aconteceu. Veja AQUI a fala dele

Informações com MaisPB e Maurílio Júnior

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo