Árbitro relata na súmula invasão de campo após eliminação do Sousa: “Tem de levar uma surra”.

Jogo contra o Bragantino

Após a eliminação do Sousa na Copa do Brasil, o presidente do clube, Aldeone Abrantes, não poupou críticas e xingamentos ao árbitro da partida, Caio Max Augusto Vieira (CBF-GO), pelo tempo dado de acréscimos no fim do jogo, que acabou resultando no empate do Red Bull Bragantino.


Com o gol marcado ainda no primeiro tempo por Ian Augusto, o Dinossauro estava encaminhando a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil. Na reta final da segunda etapa, o árbitro deu oito minutos de acréscimos. No entanto, Caio Max acabou adicionando mais um minuto, levando o jogo aos 54 minutos, para que o Massa Bruta pudesse cobrar um escanteio. No lance, Patrik Dias, volante do Sousa, acabou marcando o gol contra e, logo depois, o duelo foi encerrado com o placar de 1 a 1, indo para as penalidades, onde o Dino acabou sendo derrotado.

Eu sou um trabalhador. Meu time é humilde. Como você faz isso? Era jogo para cinco minutos e você deu oito, dez. Tinha jogo para isso? Deu (acréscimos) até empatar. Você não acha que a gente tem um projeto de vida? Você é um cara sem menor caráter. Eu queria que tu fosse homem. Corrupto, marginal. Seu ladrão. Pode anotar (se referindo à súmula), seu ladrão, desabafou em entrevista à rádio Max Correio FM.

O dirigente com um tom de choro ainda ressaltou que os acréscimos dados por Caio Max acabou com as pretensões com o jogo “sonhos de nós”. Além do tempo adicionado, o clube reclamou de uma falta sofrida por João Rafael no momento da cobrança do escanteio.

“Sabe quem sai prejudicado? Eu, o Sousa. Ele foi até o Bragantino até empatar. Se não empata, ele tinha dado mais três ou quatro minutos. Aqui, a gente sua a camisa, faz o investimento. É um jogo dos sonhos de nós”, falou.

A queda na Copa do Brasil ainda fez o time jurássico perder uma premiação de R$ 1 milhão. Em suas redes sociais, Aldeone Abrantes afirmou que irá acionar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para pedir a impugnação da partida.

O que diz a súmula

Na súmula, Caio Max justificou que os nove minutos de acréscimos foram dados por conta das “paradas para substituições, atendimentos a atletas supostamente lesionados, comemorações, atraso na reposição de bolas pelos gandulas e pela expulsão de um membro da comissão técnica (do Sousa) por retardar o reinício do jogo atrasando a reposição de bola”.

O árbitro ainda relatou que após a disputa dos pênaltis, a equipe de arbitragem precisou de policiamento para sair do campo, por conta de invasão de várias pessoas que estavam com a camisa do Sousa e que proferiram xingamentos e ameaças.

Entre as pessoas que invadiram o campo, o único identificado por Caio Max na súmula foi o presidente Aldeone Abrantes. O árbitro descreveu que o dirigente disse as seguintes as palavras a ele: “Ladrão, safado, corrupto, você tem que levar uma surra, eu vou te processar, você roubou 1 milhão da gente”.

Caio Max também contou no documento que garrafas de água foram jogadas da arquibancada em direção à equipe de arbitragem e que uma delas atingiu a perna dele. Além disso, o árbitro relatou que ao chegar no vestiário, encontrou a porta arrombada e os pertences, como malas e mochilas, revirados e fora do lugar, e com o óculos do quarto árbitro fora do lugar.

Na súmula, ainda relatou que o presidente do Sousa, Aldeone Abrantes, se dirigiu à equipe com insultos, chamando de “ladrão, safado, corrupto” e afirmando que ele “roubou R$ 1 milhão do clube”.

Sousa vai entrar com medidas legais contra o árbitro

Nos bastidores, o Sousa planeja tomar medidas legais contra Caio Max Augusto Vieira, alegando prejuízo financeiro com os acréscimos considerados excessivos. O clube também pretende solicitar a exclusão do árbitro do quadro da CBF, apontando que ele já esteve envolvido em outra polêmica no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Em outubro de 2024, o Goiás entrou com pedido de impugnação de uma partida contra o América-MG, válida pela Série B, devido a uma decisão de Caio Max. O árbitro inicialmente validou um gol da equipe goiana no empate por 2 a 2, mas, após consulta ao VAR, anulou o lance. A decisão gerou insatisfação entre jogadores, comissão técnica e diretoria do Esmeraldino, que contestaram a arbitragem após a partida. Em novembro, o pleno do STJD negou provimento ao pedido do Goiás.

Informações com Arena Correio

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