Vacas prenhas tem sido abatidas em Pau dos Ferros-RN

A situação no Matadouro Público de Pau dos Ferros ganhou contornos alarmantes após denúncias revelarem que vacas prenhas estão sendo abatidas sem qualquer tipo de fiscalização de órgãos competentes.

A prática, além de extremamente cruel, levanta sérias preocupações quanto ao bem-estar animal, à segurança alimentar da população e à responsabilidade do poder público municipal.

De acordo com relatos, os abates ocorrem sem acompanhamento de profissionais habilitados, o que configura uma grave violação às normas sanitárias e de saúde pública. A ausência de controle compromete não apenas a qualidade da carne destinada ao consumo humano, mas também agrava os impactos ambientais provocados pelo descarte inadequado de resíduos e fetos.

A denúncia reacende uma preocupação antiga. Em 2024, a União de Proteção Animal (UPA) já havia alertado para as irregularidades no funcionamento do matadouro. Na ocasião, a entidade apresentou o testemunho de um marchante local, que relatou que a venda da carne de bezerros retirados das fêmeas prenhas era uma prática recorrente.

O abate de fêmeas gestantes é repudiado por órgãos de proteção animal e proibido por legislações sanitárias, sendo considerado um ato de extrema violência e retrocesso. Sem fiscalização e sem controle, a operação no matadouro de Pau dos Ferros torna-se um grave problema de saúde pública, além de um atentado à ética na produção de alimentos.

Diante das denúncias, cresce a cobrança por uma resposta efetiva dos órgãos de controle, como o Ministério Público, os conselhos regionais de medicina veterinária e as secretarias de saúde. Também se exige a responsabilização do poder público municipal por permitir que tais práticas ocorram sob sua jurisdição.

Especialistas e ativistas destacam que proteger os animais e garantir práticas sustentáveis na produção de alimentos não é uma escolha, mas uma obrigação legal e moral. O silêncio e a omissão, nesse contexto, são vistos como formas de conivência com um cenário que exige medidas urgentes e firmes.

Informações com Portal Potiguar