Estudantes protestam contra aumento de preços no Restaurante Universitário da UFCG/Campus Patos
Salgado

Na segunda-feira, dia 1 de setembro, os estudantes da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos (UFCG/Patos), realizaram uma importante assembleia convocada pelo Diretório Acadêmico de Ciências Biológicas (DACBIO) e que contou com o apoio dos Centros Acadêmicos de Odontologia, Medicina Veterinária e Engenharia Florestal. O encontro reuniu estudantes preocupados diante da ameaça de um aumento significativo nos preços no Restaurante Universitário (RU) e do possível fechamento de unidades.
Atualmente, a Reitoria da UFCG subsidia metade do custo das refeições, mantendo o almoço por menos de R$ 5,00 para os estudantes. No entanto, com a retirada desse subsídio, os valores podem custar o dobro do preço, chegando a R$ 10,00 o almoço e R$ 8,00 o jantar — valores considerados elevados para um restaurante público da universidade.
A administração da universidade justifica a medida do aumento explicando que a gestão anterior utilizava recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que visam apoiar estudantes de baixa renda. Segundo a atual reitoria, esses recursos foram usados para subsidiar 50% de todas as refeições de todos os alunos, sem considerar suas condições socioeconômicas, contrariando o propósito do programa.
Os representantes estudantis, contudo, alertam que esse aumento e o fechamento das unidades podem comprometer seriamente a permanência dos alunos na universidade. Recentemente, a UFCG anunciou o fechamento do RU na cidade de Sumé, citando baixa demanda. Dos seis Restaurantes Universitários fora da sede de Campina Grande, apenas o de Patos continua em operação, já que os demais foram fechados desde 2024.
Durante a assembleia, Klyverton Rennan, presidente do DACBIO, enfatizou a necessidade de soluções rápidas e eficazes: “Não queremos encontrar ou indicar quais foram os ‘culpados’ para o problema abordado pela reitoria, nós queremos soluções urgentes! A principal é garantir o menor preço possível e a permanência do RU aberto, pois o estudante com fome não faz ciência.”
O movimento estudantil segue mobilizado para exigir da reitoria da UFCG a implementar medidas que garantam alimentação acessível e a permanência estudantil na universidade, buscando evitar retrocessos que possam impactar diretamente na vida acadêmica e social dos estudantes.
Informações com Polêmica Patos